A contribuição de Seymour Papert para a educação a distância
Jaqueline Rocha de Matos
A modalidade de educação a distância (EAD), surgiu para atender as necessidades educacionais advindas das mudanças no contexto sócio-econômico da sociedade. Neste contexto, as tecnologias ajudaram a viabilizá-la e hoje a EAD esta difundida em vários lugares do mundo. Assim, a EAD surge como uma altenativa de superação das dificuldades e das desigualdades sociais no que se refere ao acesso á educação escolar.
Com o advento das chamadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), passou-se a transmitir de forma democrática as informações, desta forma, as tecnologias, sejam elas mais velhas ou mais recentes, passaram a ser usadas na educação, assim a EAD se firma e passa a ser propagada em todos os segmentos da sociedade, tornando-se uma importante forma de ensino e inserção social, capaz de vencer longas distâncias através de recursos tecnológicos como: o rádio, a televisão, o DVD, o computador e assim por diante.
No Brasil a EAD esta regulamentada através da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) mas é no decreto de nº 5.622 de 2005 em seu artigo 1º que encontramos sua definição de forma mais clara. “Caracteriza-se a educação a distância como, modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.
Para Seymour Papert, matemático, criador da proposta teórica conhecida como, construcionismo, seguidor do construtivismo de Jean Piageat, o aluno constrói seu próprio conhecimento, usando para isto ferramentas, como por exemplo: o computador. Sendo Papert, um dos grandes incentivadores do uso de ferramentas tecnológicas a serviço da educação, desenvolveu em meados dos anos 60 uma linguagem de programação, de fácil entendimento, denominada Logo. A palavra Logo é derivada do grego e significa, “pensamento, razão, cálculo”. O Logo permitia ao aluno controlá-lo e assim aprender os conceitos matemáticos. A idéia de Seymour era criar um ambiente em que qualquer criança, seja qual fosse sua cultura, pudesse aprender Álgebra, Geometria , História e assim por diante. Na linguagem de programação Logo, a criança comanda uma tartaruga, se movendo, criando gráficos e animações. Ao longo dos anos o Logo foi sendo readaptado, sendo criando para ele novos recursos e hoje ainda encontra-se em uso.
O construcionismo de Papert enfatiza o contato direto do aluno com o concreto. Manipular, interagir, errar, superar os erros através da interação com os objetos em uso, com o colega ou através da mediação feita pelo professor.
Quanto ao papel do professor na proposta construcionista, Papert define-o como um mediador, facilitador, provocador de situações, ambientes de aprendizagem, onde o aluno constrói seu conhecimento através da ação sobre coisas concretas. Cabe ao educador favorecer o aprendizado do aluno promovendo situações onde o educando possa construir sua aprendizagem.
Sem dúvida, Papert contribuiu muito para a fundamentação teórica da EAD. Defensor do uso das tecnologias na aprendizagem e do uso de um método de ensino/aprendizagem com o auxílio do computador, este teórico é portanto, um dos principais nomes no que se refere ao uso das tecnologias na educação, além de colaborar para a compreensão da concepção de educação a distância. Porém, cabe salientar, que como o próprio autor disse, só aprendemos algo novo se realmente nos for significativo, desta forma, na EAD o interesse maior deve partir do aluno, haja vista, que o mesmo é o sujeito de sua aprendizagem e que esta dependerá também, da sua disposição em aprender e buscar. O aluno passa a ser o maior responsável pelo seu aprendizado, assimilando e atribuindo significados aos novos conhecimentos, porém é o professor o responsável, é quem vai orientá-lo na construção dos novos conteúdos.
No Brasil a educação a distância ainda esta caminhando em busca de uma melhor aceitação por parte das pessoas, principalmente, no que tange a discussão sobre sua qualidade. Mas cabe aqui, a reflexão a cerca do papel da EAD na formação de pessoas e a contribuição da proposta construcionista para o entendimento do processo e ensino-aprendizagem do aluno. Nesta busca por compreensão, fundamenta-se na proposta de Papert de que o aluno é o sujeito do processo de construção de seu conhecimento, para este teórico a informática era algo de fundamental relevância para a aprendizagem dos alunos, servindo como um importante recurso neste processo, fortalecendo qualidades como: capacidade de adquirir novas habilidades, de lidar com situações surpresas, de avaliar e refletir a cerca das diversidades de situações que aparecem no cotidiano do aluno.
Por fim, a idéia aqui proposta foi compreender a concepção construcionista e sua contribuição e relevância para o entendimento da concepção da EAD, tomando como base o teórico Seymour Papert e sua teoria a cerca do processo de construção do conhecimento pelo aluno.
Com o advento das chamadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), passou-se a transmitir de forma democrática as informações, desta forma, as tecnologias, sejam elas mais velhas ou mais recentes, passaram a ser usadas na educação, assim a EAD se firma e passa a ser propagada em todos os segmentos da sociedade, tornando-se uma importante forma de ensino e inserção social, capaz de vencer longas distâncias através de recursos tecnológicos como: o rádio, a televisão, o DVD, o computador e assim por diante.
No Brasil a EAD esta regulamentada através da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) mas é no decreto de nº 5.622 de 2005 em seu artigo 1º que encontramos sua definição de forma mais clara. “Caracteriza-se a educação a distância como, modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.
Para Seymour Papert, matemático, criador da proposta teórica conhecida como, construcionismo, seguidor do construtivismo de Jean Piageat, o aluno constrói seu próprio conhecimento, usando para isto ferramentas, como por exemplo: o computador. Sendo Papert, um dos grandes incentivadores do uso de ferramentas tecnológicas a serviço da educação, desenvolveu em meados dos anos 60 uma linguagem de programação, de fácil entendimento, denominada Logo. A palavra Logo é derivada do grego e significa, “pensamento, razão, cálculo”. O Logo permitia ao aluno controlá-lo e assim aprender os conceitos matemáticos. A idéia de Seymour era criar um ambiente em que qualquer criança, seja qual fosse sua cultura, pudesse aprender Álgebra, Geometria , História e assim por diante. Na linguagem de programação Logo, a criança comanda uma tartaruga, se movendo, criando gráficos e animações. Ao longo dos anos o Logo foi sendo readaptado, sendo criando para ele novos recursos e hoje ainda encontra-se em uso.
O construcionismo de Papert enfatiza o contato direto do aluno com o concreto. Manipular, interagir, errar, superar os erros através da interação com os objetos em uso, com o colega ou através da mediação feita pelo professor.
Quanto ao papel do professor na proposta construcionista, Papert define-o como um mediador, facilitador, provocador de situações, ambientes de aprendizagem, onde o aluno constrói seu conhecimento através da ação sobre coisas concretas. Cabe ao educador favorecer o aprendizado do aluno promovendo situações onde o educando possa construir sua aprendizagem.
Sem dúvida, Papert contribuiu muito para a fundamentação teórica da EAD. Defensor do uso das tecnologias na aprendizagem e do uso de um método de ensino/aprendizagem com o auxílio do computador, este teórico é portanto, um dos principais nomes no que se refere ao uso das tecnologias na educação, além de colaborar para a compreensão da concepção de educação a distância. Porém, cabe salientar, que como o próprio autor disse, só aprendemos algo novo se realmente nos for significativo, desta forma, na EAD o interesse maior deve partir do aluno, haja vista, que o mesmo é o sujeito de sua aprendizagem e que esta dependerá também, da sua disposição em aprender e buscar. O aluno passa a ser o maior responsável pelo seu aprendizado, assimilando e atribuindo significados aos novos conhecimentos, porém é o professor o responsável, é quem vai orientá-lo na construção dos novos conteúdos.
No Brasil a educação a distância ainda esta caminhando em busca de uma melhor aceitação por parte das pessoas, principalmente, no que tange a discussão sobre sua qualidade. Mas cabe aqui, a reflexão a cerca do papel da EAD na formação de pessoas e a contribuição da proposta construcionista para o entendimento do processo e ensino-aprendizagem do aluno. Nesta busca por compreensão, fundamenta-se na proposta de Papert de que o aluno é o sujeito do processo de construção de seu conhecimento, para este teórico a informática era algo de fundamental relevância para a aprendizagem dos alunos, servindo como um importante recurso neste processo, fortalecendo qualidades como: capacidade de adquirir novas habilidades, de lidar com situações surpresas, de avaliar e refletir a cerca das diversidades de situações que aparecem no cotidiano do aluno.
Por fim, a idéia aqui proposta foi compreender a concepção construcionista e sua contribuição e relevância para o entendimento da concepção da EAD, tomando como base o teórico Seymour Papert e sua teoria a cerca do processo de construção do conhecimento pelo aluno.
Ensaio apresentado na disciplina de Fundamentos e Prática em Educação a Distância, ministrada pelo profº Washington Roberto Nascimento;
Acadêmica do 8º período do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia – UNIR
15 comentários:
Jaqueline, seu artigo sobre Papert, seguidor de Piaget, contribuiu bastante ao expor que o interesse maior, de fato, tem que ser do aluno. Por mais que estejamos em um ambiente bonito e tecnológico, se não há interesse se torna desinteressante e as vezes até mais enfadonho que a própria sala de aula do tradicional. Um abraço. Lívia
Muito bom Jaqueline, você conseguiu esclarecer todo o objetivo fundamental da EDA, não só se fundamentando na facilidade de acesso que esta dispõe ás pessoas. E verdade que, o aluno é o principal responsável pelo seu sucesso.
Stefânia Moreira
Gostei do modelo de Papert, é interessante e estimula a aprendizagem do aluno, mas como ele mesmo disse o aluno constrói o seu próprio conhecimento através da ação sobre as coisas concretas.
gostei quando você diz"
Quanto ao papel do professor na proposta construcionista, Papert define-o como um mediador, facilitador, provocador de situações, ambientes de aprendizagem, onde o aluno constrói seu conhecimento através da ação sobre coisas concretas. Cabe ao educador favorecer o aprendizado do aluno promovendo situações onde o educando possa construir sua aprendizagem."
Essa é a maneira correta de provocar a aquisição de conhecimentos.
Excelente o projeto de Seymour; desenvolver um programa que possibilitasse a criança a controlar e aprender conceitos matemáticos.
Seymour Papert valoriza a construção do conhecimento no pensamento concreto (intelectual), e depois para o pensamento abstrato. Concordo que se deve fazer conexões do novo com o que já sabe; É assim que se dá a aprendizagem espontânea e informal, criança e adulto, não esquecendo que o professor deve ter o papel de facilitador criativo, proporcionando um ambiente capaz de fornecer conexões individuais e coletivas. Parabén, Jaqueline.
Gostaria de deixar uma frase aqui de Seymour Papert:
A verdadeira habilidade competitiva é a habilidade de aprender.
Olá Jaqueline!
O seu artigo, baseado nas teorias de Papert, é de grande relevância, pois ele diz e vc deixou claro que o aluno tem que ter o interesse maior. E foi muito válida a sua colocação, onde menciona que: "No Brasil a educação a distância ainda esta caminhando em busca de uma melhor aceitação por parte das pessoas, principalmente, no que tange a discussão sobre sua qualidade. Mas cabe aqui, a reflexão a cerca do papel da EAD na formação de pessoas e a contribuição da proposta construcionista para o entendimento do processo e ensino-aprendizagem do aluno". Fechou com chaves de ouro. Parabéns Jaqueline e um abraço do amigo.
Jaqueline,
Ao abordar sobre Papert você não só contribuiu para difundir a importância do professor como mediador competente não só quanto ao conteúdo mas também como aos fundamentos cognitivos como também ampliou os esclarecimentos sobre os objetivos e contribuições da EAD a educação no Brasil.
Parabéns pela abordagem.
Abraços,
Osvaldo
Olá Jaque...
Eu sempre gosto da exposição das suas idéias tanto escritas como faladas...Portanto, parabéns!
Gostaria de enfatizar sobre o que diz Seymour "...só aprendemos algo novo se realmente nos for significativo..." Concordo plenamente, pois tanto criança como adulto, tende a aprender aquilo que pode ser praticado em seu cotidiano, ou seja, que tenha significado para sua vida! Então, noto que Papert contribui ainda hoje com suas afirmativas sobre a EAD.
Um abraço!
No EaD, no interesse é do aluno. O sucesso ou o fracasso na conclusão do curso cabe a ele. Do outro lado da tela, a função é tornar a aprendizagem mais atrativa e interessante para despertar o interesse do aluno.
ACREDITO QUE A CRIANÇA CONSTRÓI SEU PRÓPRIO CONHECIMENTO, A PARTIR DE COISAS QUE LHE SÃO INTERESSANTES. MAS, UMA AJUDA DO MEIO, DE UM PROFISSIONAL CAPACITADO PARA PROVOCAR SITUAÇÕES LEVANDO A CRIANÇA A PENSAR, A REFLETIR, É ESSENCIAL.
Paper, seguidor da linha do construtivismo, assim como Piaget, entende que o aluno aprende a partir do momento em que interage com o conhecimento. O professor cria os ambientes para a aprendizagem e facilita, mas o aluno constroi seu conhecimento através das ações com as coisas concretas. E o uso do computador nas aulas, nas várias disciplinas, consiste em um recurso a mais, para as aulas serem mais interessantes e atuais para o aluno.
Jaqueline, parabéns pelo o artigo, sua explicação em sala de aula foi excelente, realmente Papert é um defensor do uso das tecnologias na educação seja a distancia ou presencial.
Márcia Regina
Na educação presencial não deveria ser diferente, mas ainda maior deve ser a busca e o interesse do aluno na EaD pelo seu conhcimento devido a separação física. Cabe ao professor,neste contexto, onde o interesse do aluno é tão importante, proporcionar meios para que sua motivação pelo ensino seja maior.
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